“Eu me amo de novo”!

O reencontro com a própria imagem

“Eu me amo de novo”!

 

Oi pessoal!

Hoje estou muito feliz por inaugurar este novo espaço de comunicação com vocês. Ao longo de décadas dedicadas à medicina venho acompanhando histórias de sucesso contra uma doença que afeta a saúde física e mental dos indivíduos: a obesidade. Como acredito que muitas histórias bem sucedidas podem  servir de incentivo a outras pessoas, quero dividi-las com vocês!

O caso de hoje é da paciente Angélica*, atualmente com 51 anos e que foi magra  até as duas gestações, aos 41 e aos 42 anos, respectivamente. Infelizmente, ela perdeu o primeiro bebê.  A partir dali, os maus hábitos alimentares e um organismo mais lento devido à idade, resultaram no ganho progressivo de peso. Angélica passou a ter outros problemas de saúde como pressão e colesterol altos, desde então.

A obesidade tirou dela a mobilidade, a resistência (subia escadas com muita dificuldade), a autoestima e até a capacidade de brincar com o filho pequeno. Ao longo de cinco anos tentou várias dietas, tomou remédios para emagrecer, fez tratamentos… tudo em vão. Com 1,62m de altura, chegou a 106 quilos.

Angélica*, que mora numa cidade do litoral de São Paulo, chegou ao consultório aqui em Curitiba com a autoestima em migalhas. Entre as histórias de alguém que não estava em paz com a própria imagem, contou que jamais permitia ser fotografada, por exemplo. Ela também já não tinha vontade de se arrumar como antes de engordar.  Algumas frases dela como: “Eu queria voltar a ser uma mulher atraente, queria voltar a me amar e a ser amada. A saúde influenciou um pouco e poder curtir meu filho também, mas foi a questão estética a principal causa. Para mim, gordura e feiura andavam juntas”  – são repetidas diariamente aqui no consultório, revelando o quanto a obesidade limita a vida e a felicidade das pessoas.

Diante do histórico de tentativas de emagrecimento sem resultados, a recomendação para a paciente Angélica* foi cirúrgica. Uma técnica conhecida como “Bypass gástrico com derivação em Y de Roux”. Assim como outros pacientes,  ela enfrentou o preconceito por ter optado pela cirurgia. Na opinião das pessoas, em geral,  este é o caminho mais fácil e não a alternativa mais indicada para  casos de obesidade. Infelizmente, este problema não é visto como doença, mas como um modo de vida! Um modo de vida de gente preguiçosa, que não quer fazer dieta ou se exercitar. E não é nada disso, trata-se de uma doença, uma epidemia mundial (falaremos a esse respeito num próximo post).

Voltemos ao caso da Angélica*.  Depois da cirurgia, ela precisou reaprender a se alimentar de maneira saudável e em quantidades muito menores;  fez e faz acompanhamento nutricional com a Elis Weirich;  precisou de cirurgias reparadoras;  adotou as caminhadas como atividade física ( de cinco a dez quilômetros por dia!!!) e está prestes a começar uma rotina de musculação. Ou seja, fez uma grande mudança no estilo de vida.

Quando perguntam como ela se sente hoje, olha só o que a Angélica* responde:

“Eu me sinto muito melhor e em vigília constante com meu corpo. Mas,  muito feliz já que qualquer roupa cai bem. Agora, tiro fotos sem medo. Eu me mostro sem restrições. Eu me amo de novo!”.

Como médico, ver a transformação de pacientes como a Angélica* e saber que é possível tornar melhor a vida dessas pessoas,  é o que me motiva todos os dias.

*nome fictício para preservar a identidade da paciente

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